EMD Cast #92: Personagens

E aí, pessoal?! Para continuar nossa série de casts que servem para abrir suas mentes sobre uma análise em geral, dizendo todos os critérios que utilizamos ao analisar um tópico em uma obra, seja ela anime, manga ou filme animado, passei aqui hoje para lhes trazer o nosso cast “Como Analisamos Personagens”. Nele vocês escutaram todos os critérios que já conhecem e ainda mais alguns que podem ser utilizados ao analisar uma obra.

Neste podcast tivemos a primeira participação de nossos ótimos novos membros: Primo (o Tom Sawyer) e André.

Adianto que não lhes darei um texto desta vez, assim como o post anterior de mesmo estilo, mas apenas imagens e um título para os nossos ouvintes usarem de base para o que falamos no podcast.

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EMD Cast #92_ Personagens.mp3

 

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*As informações desse cast podem ser encontradas no final deste post.

Muito obrigado e até a próxima! =)

41 pensamentos sobre “EMD Cast #92: Personagens

  1. Olha a Emanon aí em cima que bonitinha xD

    E uma coisa, é Elijah, a grafia é importante pra se relacionar com a mitologia gnóstica, que se os personagens de Eden tem relação ^^

    E eu não vejo a hora de ver a review de Eden por aqui \o/

      • Ouvi agorinha, e está fantástico mesmo. O assunto vai muito além dos personagens em si. E eu rachei de rir ouvindo você falando bem de Naruto, mas não é algo vergonhoso de se fazer, já que há partes no mangá que agradam mesmo, como a vida e morte do Haku(no início), que se encaixa perfeitamente no que foi dito no podcast sobre o passado dos vilões.

  2. Tou louco para ouvir esse cast,com certeza a qualidade já esta garantida,e será excelente.
    Depois de ouvir faço comentário mais detalhado,sobre a minha opinião.

  3. Muito legal o podcast espero que o primo continue participando pois achei os pontos que ele citou muito interessantes,e tbm eu gostaria de pedir dicas de leitura de algum SLICE OF LIFE que seja realmente muito bom punpun ja estou lendo estou no vol.7 e esta bem interessante flw.

  4. Nossa cara, ótimo cast! realmente vocês me ajudaram a tirar algumas vendas e preconceitos que eu possuía, e após eu começar a acompanhá-los meu senso crítico realmente melhorou muito e eu tive a oportunidade de criar asas para sair da mesmice habitual; sem contar que eu posso contar com a comédia, o podcast dessa semana foi muito hilário!

  5. Muito bom esse cast. Abordou construção de personagens em vários aspectos.
    Bom, não sei se é possível existir um “protagonista abstrato” que seja alguma entidade ou um fenômeno natural, embora isso tenha a ver com a definição que damos a ‘protagonista’. A palavra ‘protagonista’ em si refere-se a ‘primeiro ator’, ou mais precisamente, ao primeiro e principal ator de uma trama, tal como nas tragédias gregas, e não ator apenas no sentido de ‘pessoa que representa um papel’, mas no sentido de ‘agir’. É o personagem de quem esperamos a ação diante dos acontecimentos que a trama traz. E a apreensão do público diante da ação do personagem só tem sentido se esta ação carregar uma intenção. Você pode alegar que o ‘Tempo’ ou algo do gênero age, mas acho difícil sustentar que age a partir de princípios, opiniões, motivações, etc. Assim como um animal age de modo automático, guiado por seus instintos. Já do personagem esperamos reações diante da trama, reações vinculadas a escolhas e não consequências automáticas. Desse modo uma trama possui vários personagens, mas pode (não acho que todas as histórias têm protagonista) existir um que seja o encarregado primeiro, aquele de quem mais esperamos as intervenções diante da história, o personagem principal. O personagem principal não pode ser confundido com o ‘tema’ da obra.

    O protagonista de VS é Thorfinn e não o pacifismo ou a violência. Toda trama carrega uma ideia por trás, mesmo aquelas que têm um personagem principal claro e óbvio. Acho mais sensato dizer que não há protagonista em algumas obras, e não, na ausência de um personagem principal, transferirmos o protagonismo a esta ideia que carrega a obra, porque a ideia sempre estará lá, com ou sem personagens principais.
    Portanto, para mim, protagonista é aquele principal personagem de quem esperamos a intervenção diante da trama. E o antagonista é aquele obstáculo oposto, como vocês muito bem disseram, aquele que se coloca contrário ao protagonista. Também aqui discordo de que ele possa ser uma entidade abstrata desprovida de consciência, porque estas entidades agem sempre iguais, não são modificadas por desejos ou relações. Mononoke Hime é uma boa oportunidade de discutir isso. Quem é o antagonista? Acho que são vários, Eboshi, o sacerdote, e mesmo o Imperador (que nunca aparece e talvez seja o antagonista principal) Podemos dizer que eles representam a sociedade? Sim, podemos, mas nós esperamos intervenções deles e não da sociedade em si, por isso sigo na ideia de que eles são os antagonistas, por mais que representem a sociedade. Dá pra dizer que o antagonista de Solanin é a sociedade? Acho que não, a sociedade é claramente criticada, mas ela não age conscientemente diante das opções dos personagens.

    Enfim, talvez seja um falatório chato demais, mas como o assunto é personagem e o cast começou pelos protagonistas e suas definições, talvez acrescente algo ao debate (é apenas a minha visão sobre o assunto).

    Alguns pontos específicos do cast. Concordo plenamente com a crítica a OP atual sobre o não desenvolvimento dos personagens. E digo mais, hoje já não existem Luffys, Namis, Robins, Zoros, etc, existe mugiwara. Todos se tornaram iguais. Não há mais conflitos, desavenças, questões a serem resolvidas. Acho isso perigoso, porque praticamente se anula as individualidades.
    E o caso Ichigo é realmente sério. Inexiste motivação e qualquer justificativa para as suas ações. Deve ser um dos heróis mais mongoloides que já vi. Nesse capítulo recente a suposta parte quincy se afasta diante da ‘evolução’ do Ichigo. Que evolução? Ele continua sem qualquer expectativa ou objetivo, somente reagindo automaticamente e sempre da mesma forma a cada impulso externo que recebe.

    Por fim, sobre a referência ao meu texto. Ele foi escrito mais especificamente sobre o ato de ler algo buscando falhas. O que eu defendi é que ao focar o objetivo torna-se mais fácil encontrar o que você quer e não ver outras coisas. Se focamos em falhas certamente acharemos muitas, e ao mesmo tempo não pegaremos algumas qualidades. É claro que falhas precisam ser vistas. Aliás, falhas grotescas serão captadas mesmo em leitura superficial. A questão é só que, a meu ver, as grandes obras são grandes não pela ausência ou quase ausência de falhas, mas pela intensidade de suas qualidades.

    Enfim, parabéns pelo ótimo cast.

    • Nem há muito o que dizer sobre seu comentário senão concordar plenamente com ele, afinal, como eu disse no podcast, também não considero obrigatória a apresentação de um protagonista em qualquer obra.

      No mais, muito obrigado pelo ótimo comentário. Até. =)

    • Excelente comentário cara! concordo com quase tudo que você disse, só vejo de uma maneira diferente o que disse sobre OP acho que existe um limite pro “desenvolvimento”, já revisitaram acontecimentos que formaram a personalidade e o objetivo inicias dos personagens até o ponto em que eles entram na história e em seguida colocaram eles em situações pra definir suas maneiras de agir da-li pra frente. A partir do momento que eles escolheram seguir pela bandeira pirata(eles ainda têm objetivos individuais, alguns que podem ser alcançados com mais facilidade por meio da jornada na “vida pirata”), A sequência da história e como eles lidam com as dificuldades pra alcançar seus antigos objetivos e auxiliar seu capitão na conquista do dele e é possível haver conflitos internos futuramente (como em Enies Lobby o conflito com a ideia do capitão implica em motim e consequentemente confronto). Os mugiwara, pra mim, agem bem a sua maneira cada um, mas enquanto grupo eles tem um objetivo em comum as vezes, seguir a “maneira” do capitão faz parte da cartilha pra alcançar isso.
      Em fim eu não vejo anulação de individualidades, por que as individualidades sempre são bem ressaltadas, acho que agora é hora da história crescer e ver como os personagens individualmente e tbm como bando lindam com as dificuldades que estão por vir, eles se separam por um bom tempo justamente pra se preparar pra essas dificuldades. Eu ainda me divirto muito com OP e espero uma boa continuidade, acho que ainda tem lenha pra queimar!(eu só vejo o anime).

  6. Bem, eu vou ir comentando com o passar do cast porque se não esqueço do que queria falar e acabo sem dar um comentário produtivo em nada então lá vai:

    Acho que a definição de antagonista, aquele que se opõe ao protagonista, permite que haja mais de um. Haverá o protagonista “principal” e os secundários todos se opondo ao protagonista mas de formas e em níveis diferentes. E o que o Vaca disse faz bastante sentido, pode haver ou não protagonistas e antagonistas numa obra mas eles jamais serão temas como “Tempo”, “Acaso” ou “A Sociedade” pois essas são condições de vida a que todos estão expostos de uma maneira ou outra e não apenas o personagem principal.

    Em relação a Shamo, que comecei a ler por recomendação de vocês e agora é uma de minhas obras favoritas, Ryo é o protagonista pois é pela visão dele que a estória é contada e o Sugawara (Sawamura é um dos boxeadores que lutaram contra o Ippo. Acho que daí que o Estupra tirou) é o antagonista já que ele se opõe ao protagonista tanto em suas ações quanto em ideologia. O Ryo não quer matar o Sugawara porque não foi com a cara dele. Ele quer derrotar e matar o Sugawara pois ele está na mesma condição do Ryo de “agente da violência” mas colocou em prática de uma maneira bem vista pela sociedade. Enquanto Ryo é repugnado por todos Sugawara é idolatrado por uma razão quase igual, pelo menos, quando vista do ponto de vista deturpado do Ryo.

    Acho que uma estória pode ter apenas um protagonista em determinado momento mas, desde que seja longa o bastante, com o decorrer pode tomar secundários e dar a eles mais importância que ao protagonista. Mesmo assim, acho que nesses casos seria mais algo como protagonista e secundários com momentos de protagonismo do que vários protagonistas em uma mesma estória. Isso acontece em HxH, Hajime no Ippo e deve haver outros que não lembro agora mas acho que o protagonista da estória como um todo é único. Já em uma obra episódica e/ou que possuas várias estórias interligadas ou não é possível que existam vários protagonistas mas em uma única estória, eu não consigo pensar em nenhum caso.

    Em relação ao desenvolvimento de personagens, eu, pessoalmente, gosto quando mesmo personagens que não têm muita relevância para a estória são desenvolvidos mesmo que minimamente. Não precisa haver uma evolução no personagem ou algo do tipo mas uma caracterização humana que me faça pelo menos conseguir gostar e me importar com o personagem por menos importante que ele possa ser. Monster é uma obra que faz isso razoavelmente bem, tendo vários personagens secundários e até terciários memoráveis.

    Eu não acho que expor um personagem misterioso conta como desenvolvimento porque ele sempre foi aquilo só não era mostrado o porquê. É, sim, algo que acrescenta muito ao personagem quando bem feito mas eu não acho que desenvolvimento seria a palavra correta porque não há um crescimento e sim uma revelação do psicológico do personagem.

    O que vocês falaram sobre desenvolvimento físico é muito interessante. A importância do desenvolvimento psicológico de um personagem é claro mas acho que nunca dei ou nem mesmo percebi a importância do desenvolvimento físico. Sempre achei que isso apenas acrescentasse à verossimilhança de uma obra mas entendi o que vocês disseram com o psicológico refletindo no físico e isso é realmente interessante. Não necessariamente os cortes de cabelo ou as roupas que o personagem usa mas muito mais as razôes e o porquê de os personagens terem tido essas mudanças são bastante interessantes e realmente acrescentam a uma obra.

    Já o cenário como personagem não concordo muito pois todas as mudanças que ele sofre são não por decisões e escolhas próprias mas de outros que influenciam ele. Acho que o cenário é uma representação das escolhas dos personagens da obra mais do que um personagem próprio.

    Concordo com quase tudo que vocês disseram quanto a objetivos dos personagens e protagonistas não precisam de um objetivo claro mas acho que todos mesmo que um pouco e que não seja claro para o próprio personagem têm um. Tomadas interessantes quanto a isso são o Killua de HxH e o Guts de Berserk. Killua e Guts no começo não têm um objetivo claro, eles apenas sabem o que não querem fazer e ao conhecerem, respecivamente, Gon e Griffith eles possuem momentos em que começam a rever suas vidas e procurar por um objetivo. Esse é um tema explorado muito mais e de maneira mais séria e filosófica em Berserk mas em HxH, Killua vê que Gon tem um objetivo claro e pergunta-se qual seria seu objetivo então Gon sugere que Killua continue com ele até achar seu próprio objetivo. Mas, a partir daquele momento fica bem claro que o objetivo de Killua é e sempre foi até ali, talvez incoscientemente, ajudar e ficar com Gon. Então, acho que personagens têm sim seus objetivos e/ou sonhos mesmo que por vezes não fique claro quais estes são. Mas, sim, os objetivos não são tão importantes quanto a jornada e crescimeno do personagem no desenvolver da estória.

    E se o Trilles acha o Griffith forçado até agora então ele não vai mudar de ideia. Eu acho o personagem muito bem fundamentado e os sonhos dele o bastante para não me incomodar e faz, sim, sentido mas deixo pra falar mais quando houver um cast de Beserk.

    Acabei. O cast ficou muito bom e me fez pensar em algumas coisas que eu ainda não tinha pensado ou não tinha levado em consideração. Obrigado pela série. Realmente tenho gostado de casts desse tipo mais do que casts de obras, já que casts de obras, pelo menos para mim, servem como recomendação ou discussão na chance de eu já ter visto a obra. Mas, eu não tenho uma bagagem tão grande e não posso fazer muita coisa que não não seja tomar a recomendação da obra para leitura futura. De qualquer jeito, os novatos foram bem e o cast teve bastante conteúdo interessante. Parabéns.

    • Muito obrigado pelo puta comentário. E o que você falou no final é também uma verdade. Nossos casts de reviews são recomendações e ponto, já os outros, como a série Como Analisamos, a Analisando Gêneros, Desmascarando Mangakas e outras são maiores críticas, onde dizemos tudo o que pensamos sobre um assunto e, em certos casos, acabamos fazendo recomendações também. São casts mais completos em minha opinião, mas saiba que fizemos algumas reviews que foram bem críticas também, como a última de Eden que lançou, a de Annarasumanara e a de Holyland.

      • Eu já vi a review de Holyland, que realmente ficou muito boa e lembro até da discussão de cenários sendo usados em lutas, porque eu já estava lendo Shamo e realmente adorando e Holyland parecia ser algo na mesma linha. Eu me interessei bastante mas eu tenho ficado cada vez mais preguiçoso para começar obras porque eu sinto uma obrigação de terminá-las uma vez que começo e precisa ser algo muito bom para eu ler/assistir e não perder interesse no meio. Estou parado a algum tempo no meio de Akumetsu.

        Estou guardando o de Annarasumanara para depois de ler a obra. Tenho que baixar do site porque já estou a algum tempo com vontade de lê-la. Provavelmente, assim que entrar de férias, leio ela inteira de uma tacada só. E o de Eden estava pensando em esperar para ouvir depois de ler a obra mas 22 volumes é muita coisa e nem eu sei quanto tempo levaria pra eu ler tudo então vou estar escutando pelo meio da semana quando tiver tempo.

        Obrigado pelas recomendações de casts e vou ouví-los assim que puder, apesar de não ter muito para comentar já que é uma discussão bem específica para quem leu a obra. Valeu pela resposta e pelas recomendações.

  7. Nada, cara. Pode não parecer porque não comento muito e nem sou muito ativo no site mas aprecio pra cacete o trabalho de vocês e veio acompanhando ele desde o YouTube. Vocês, basicamente, me introduziram a mangás e me iniciaram com ótimos mangás diga-se de passagem.

    Criaram seu próprio site que me apresentou vários ótimos mangás, alguns que vocês mesmos traduziram, editaram e etc; vários ótimos músicos; que me fornece diversão com posts variados e informativos (esperando o ranking semanal agora mesmo) e que me afastou ou, pelo menos, me advertiram de muitos cânceres

    Confio muito no senso crítico de vocês e, sinceramente, há alguns casts engraçados por aí que ouço pra dar risadas, mas para recomendação de ver ou se afastar de obras, eu tomo a palavra de vocês como final. De qualquer modo, acho que vocês merecem por tudo que vocês fizeram até agora e até estava me sentindo mal por não ter doado ainda. Mas, desejo tudo de bom pra vocês e acho que vocês ainda têm muito futuro pela frente.

    Parabéns e agradeço pelo trabalho que vocês têm, lembro dos casts duplos que deviam ser ridiculamente cansativos, para trazer a maior qualidade para nós leitores do site.

  8. Assunto interessante, vou ouvir o cast depois quando tiver tempo, estava com saudade de ler seus textos, ultimamente só anda saindo cast, seus textos são bem melhores na minha opinião, da um tom mais serio ao assunto, nos podcast as vezes parece até que estou escutando conversa besta de teamspeak, sem contar que são muito longos, gostava quando vocês colocavam o tempo em que começava cada assunto debatido no cast, assim já pulava para a parte que me interessava.

    Ou já leram o manga ” Feng Shen Ji”, um dos melhores mangas do momento, recomendo a obra.

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